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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Efeito Antropogênico







É com grande satisfação que agradeço a oportunidade de fazer minha primeira publicação neste espaço, trazendo este texto por sugestão da amiga Luisa. Obrigado.





A atividade humana em nosso planeta vem fazendo acelerar fenômenos que poderíamos aguardar séculos até que viessem ocorrer, geleiras que durariam mais cem anos estão se desfazendo aceleradamente, a cadeia alimentar está se esfacelando, o mapa agrícola está se alterando, culturas e cultivares mudam de lugar, outras não suportarão a concorrência, tantas são as plantas novatas e invasoras que se proliferam, devido as alterações do clima e do solo, os mares estão ganhando território avançando sobre os continentes, etc., etc.

O Homem se colocou durante muito tempo no topo da pirâmide da evolução, na sua inteligência definiu haver Reinos – Animal, Vegetal, Mineral – por ser racional se intitulou Senhor Absoluto, defendeu o usufruto, o poder do capital, o que não pagou, tomou com a espada, o que não pode tomar, destruiu. Acreditou nas regras que criou e declarou que somente é possível viver se for possível ter.

Com grande prepotência, quando se viu “iluminado” pela força das próprias invenções, passou a criar máquinas cada vez mais poderosas com engrenagens sempre mais complexas capazes de produzir o capital em estado puro. Com isso, delegou a poucos o controle destas técnicas, por fim desenvolveu formas intrincadas de relacionamento para classificar quem deveria se posicionar da base ao topo de uma grandiosa pirâmide, para fazer funcionar e sustentar o sistema desenvolvido.

Faltou a estes senhores, observar que tudo a sua volta possui fundamental e essencial ligação, com elos que não podem ser separados, sendo assim não se elaborou planos de contingências ou rotas de fugas, uma vez que estavam muito envolvidos nas tarefas de dominação, não puderam perceber que a vida funciona como um gigantesco Plano de Auxílio Mútuo e, continuadamente estavam ocupados em criar novos métodos para ampliação da base piramidal.

A grande pirâmide está ruindo aos poucos, seus criadores já perceberam que toda a sua estruturação não respeitou critérios tão necessários a manutenção da vida, quem está no topo cairá, quem está na base será esmagado, antes mesmo que descubramos uma possível solução. Não há mais tempo para retornos, o que se pode fazer é adaptar. Os custos já se evidenciam elevados, não caberá rolagem ou calote, o pagamento é compulsório, de agora em diante a palavra é mitigação.

O desenvolvimento material e estrutural é compulsivo, sina da raça humana, a última grande crise econômica, por exemplo, acertou em cheio a indústria automobilística, grande sinal de ordem natural, pois o automóvel é um dos grandes ícones da revolução industrial, que faz movimentar e movimenta toda uma cadeia de processos produtivos que envolvem a degradação de todos os recursos naturais necessários para a geração e manutenção dos itens de conforto que nós, "civilizados e modernos", nos habituamos a ter e a desejar.

Neste sentido, somente para dar um exemplo, a Grande Alma do Universo deu uma enorme cacetada na indústria do automóvel, talvez tentando nos obrigar a refletir mais profundamente, buscando mudanças de atitudes que possam melhorar as coisas. No entanto, o capital mais uma vez, tenta socorrer o capital, que continua no seu firme papel desenfreado rumo ao próprio suicídio, sendo forte auxiliar para o extermínio de tudo o que está a sua volta.

Devemos lutar por um planeta mais agradável, mais limpo, com ar respirável e água limpa para o consumo, não se deve descartar a utilização de tudo o que se conquistou com o avanço industrial e tecnológico, porém devemos redirecionar todo o conhecimento adquirido até aqui, para que sejam desenvolvidos e implementados novos métodos de utilização e conservação dos recursos naturais. A formação do cidadão deve primar por novas posturas em relação ao ambiente, falta-nos a reaproximação, precisamos restabelecer a ligação Homem-Natureza, pois até então, a sobrevivência no mundo contemporâneo tem estado dissociada – O Homem se acha um, entendendo a Natureza como outra.

O planeta pede socorro, ou seja, nós pedimos socorro. Estamos em perigo...
.

6 comentários:

Luísa Nogueira disse...

Amigo, nós é que lhe agradecemos por este texto que tão bem fotografa em palavras a realidade atual de nosso planeta. E ainda com um histórico totalmente real dos passos do bicho homem na Terra! Nós, deste espaço, estamos orgulhosos e felizes com sua participação!

Sinta-se abraçado pela Terra que, com carinho, abraçou!
Luísa

Almirante Águia disse...

Luisa

Fiquei tentado a fazer uma revisão neste texto (mania mais besta de escritor, oxên...), naquele trechinho que fala da crise da indústria automobilística, parece que faz tanto tempo... Ocorreram tantas outra crises neste dinâmico mundo do capital, que esta já se tornou jurássica, porém resisti e colei o texto na integra, sem modificações.

Grande Abraço
Altair

Luísa Nogueira disse...

Amigo, eu também acho que nossos textos devem, sim, serem revisados de tempos em tempos. Pode-se, para uma maior transparência, indicar a(s) data(s) de revisão, como também mostrar a parte do texto inicial em notas de rodapé.

Parece que o blog está caminhando, não é mesmo? Precisamos ainda de tanta coisa, como por exemplo, de mais chamadas alertando sobre a importância da reciclagem e da reutilização... Com o tempo chegaremos lá, não é mesmo?
Um abraço!
Luísa

Zilda Santiago disse...

Excelente texto!!Amei o blog;como sabe moro na zona rural,e convivo com a natureza sempre,de perto.Parabéns.

Filha do Céu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Filha do Céu disse...

Amigos, obrigada pela partilha.
Também moro na Zona Rural do Rio de Janeiro, hoje com o nome de Zona Oeste, mas não mudou nada, só o nome.
Tenho o privilégio de morar numa região onde posso contemplar a natureza, uma área de muito verde, cachoeiras e tudo de bom que a natureza tem a nos oferecer.
Assim que puder postar, vocês poderão conhecer um pouco do que estou relalatando.
Um grande abraço!

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